O dia foi marcado por uma novidade rodada de esgotamento global da moeda americana, que levou o índice DXY para ordinário do nível psicológico de 100 pontos
O dólar à vista recuou 0,57% em relação ao real nesta quinta-feira, 13, quando encerrou a sessão cotado em R$ 4,7903 – inferior da risco de R$ 4,80 no fechamento pela primeira vez em julho. O movimento foi puxado por mais um oferecido de inflação inferior do esperado nos Estados Unidos, que reforçou a expectativa de que o Federalista Reserve (Fed) encerre seu ciclo de aperto monetário depois uma subida de 25 pontos-base dos juros no próximo dia 26.
Com isso, o dia foi marcado por uma novidade rodada de esgotamento global da moeda americana, que levou o índice DXY para ordinário do nível psicológico de 100 pontos pela primeira vez desde abril do ano pretérito. Diante de ganhos do petróleo entre 1,50% (WTI) e 1,56% (Brent), o dólar mostrou perdas em relação aos principais pares emergentes do real e exportadores de commodities, porquê peso mexicano (-0,33%) e dólar australiano (-1,49%).
Cá, em meio à agenda doméstica fraca, a lema recuou na maior secção da sessão, exceto por altas pontuais no início da tarde e da manhã, quando foi à máxima de R$ 4,8273 (+0,19%). Na mínima, caiu até R$ 4,7873 (-0,64%). No horário de fechamento do mercado à vista, o contrato horizonte de dólar para agosto recuava 0,62%, a R$ 4,8050, depois variar entre mínima de R$ 4,8025 e máxima de R$ 4,8435. O giro financeiro foi de US$ 11,5 bilhões.
O esgotamento do dólar seguiu o conforto do índice de preços ao produtor (PPI) americano, de 1,1% em maio para 0,1% em junho na verificação interanual, inferior do esperado pelo mercado (0,4%) Na sequência da subida também aquém das expectativas do índice de preços ao consumidor (CPI) no mês, o oferecido reforçou a avaliação de que a desinflação no país está em curso e pode dar conforto para que o Fed encerre em breve o ciclo de aperto.
Para o gerente da tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, a viradela nas expectativas para a política monetária dos Estados Unidos explica o fortalecimento do real e de outras divisas emergentes na sessão. Ele destaca que, entre a divulgação do CPI de junho, às 9h30 (de Brasília) da quarta-feira, 12, e o fechamento do mercado doméstico na sessão de hoje, o DXY caiu mais de 1 ponto e o rendimento da T-Note de 5 anos, tapume de 16 pontos-base.
“Todo o mercado melhorou, o euro está voando, as moedas emergentes estão valorizando e o real subiu. É tudo em cima dessa mudança de perspectiva para a taxa de juros americana”, diz o perito.
O comentador de mercado da Ebury Eduardo Moutinho também atribui o bom desempenho do real na sessão à redução das expectativas para a trajetória dos juros nos Estados Unidos com o CPI e o PPI inferior do esperado. Esse cenário favorece a expectativa de um dólar mais fraco globalmente, que pode manter a moeda americana inferior de R$ 5,0 até o término do ano, afirma.
Estadão teor
