Negócios

Em crise, 123Milhas ingressa com pedido de recuperação judicial

A 123Milhas ingressou, nesta terça-feira (29), com um pedido de recuperação judicial. A medida abre um novo capítulo em relação à crise pela qual a empresa enfrenta, com a suspensão recente dos pacotes de viagens e demissão de funcionários.

O pedido foi interposto na 1ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte (MG), onde também se encontra a sede da empresa.

Os problemas na prestação dos serviços de viagem culminaram com questionamentos de órgãos de defesa do consumidor, como Procon e Senacon, e ações judiciais para reparar danos aos clientes afetados, como a garantia do reembolso de viagens já pagas.

Por meio de nota à imprensa, a companhia informou que a recuperação judicial buscará “assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores”, diz trecho do comunicado.

Veja o comunicado da empresa

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“A 123milhas informa que protocolou hoje (29) no Tribunal de Justiça de Minas Gerais um pedido de Recuperação Judicial. A medida tem como objetivo assegurar o cumprimento dos compromissos assumidos com clientes, ex-colaboradores e fornecedores. A Recuperação Judicial permitirá concentrar em um só juízo todos os valores devidos. A empresa avalia que, desta forma, chegará mais rápido a soluções com todos os credores para, progressivamente, reequilibrar sua situação financeira.

A 123milhas ressalta que permanece fornecendo dados, informações e esclarecimentos às autoridades competentes sempre que solicitados. A empresa e seus gestores se disponibilizam, em linha com seus compromissos com a transparência e a ética, a construir conjuntamente medidas que possibilitem pagar seus débitos, recompor sua receita e, assim, continuar a contribuir com o setor turístico brasileiro”.

O que é recuperação judicial?

A recuperação judicial (ou RJ, no jargão do mercado) nada mais é do que um procedimento que tem por objetivo evitar que a empresa quebre quando está em uma crise financeira.

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Além de socorrer os sócios, esse instrumento visa proteger também funcionários, fornecedores, prestadores de serviços, clientes e todos os que, de alguma forma, possuem algum vínculo com a organização.

Na prática, a RJ procura viabilizar um acordo entre a empresa devedora e todos os seus credores. Quando esse acordo é bem sucedido, os ganhos se estendem aos funcionários, que conseguem preservar os seus empregos, a fornecedores, bancos e prestadores de serviços, que não perdem uma parceria comercial, e ao governo, que mantém a sua receita com a arrecadação tributária.

Ao contrário do que ocorre em um processo de falência, o plano de RJ não visa afastar o empresário do negócio ou inabilitá-lo para a sua condução. Isso porque a ideia é justamente tornar a empresa novamente viável, para que a operação possa continuar tão ou mais sólida do que antes da crise.

Texto em atualização

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