Negócios

Da caixa de sugestões à Inteligência Artificial: a inovação na FCC

Para muitos colaboradores da FCC, empresa gaúcha que produz componentes para a indústria, o deslocamento entre as unidades da sua maior planta fabril, localizada no Rio Grande do Sul, foi um problema durante anos. Isso porque em dias de chuva, ao cruzar os caminhos, as pessoas ficavam com pés e roupas molhadas. Nas reuniões da companhia, as propostas apontavam para a cobertura dos trajetos, o que na prática era inviável pelo cimo dispêndio.

“A solução simples e viável para esse problema veio de um colaborador, através de uma caixa de sugestões: espalhar guarda-chuvas em todos os prédios da estrutura”, conta Marcelo Reichert, CEO da FCC, ao MoneyLab.

A solução demonstrou o que Marcelo já acreditava: o método de descentralizar a inovação – ao terebrar espaço para que todos possam discutir e propor soluções para uma questão – tem muito valor. Há murado de sete anos, qualquer funcionário tem liberdade e é incentivado a sugerir uma ação, ou mesmo liderar a geração de um grupo multidisciplinar para promover iniciativas dentro da companhia. Há espaço para todos os assuntos e áreas.

Prêmio de inovação

Hoje, existem oito grupos, todos formados por voluntários, trabalhando em temas que abordam desde sustentabilidade até Lucidez Sintético (IA). Os avanços que o método proporcionou para o negócio foram reconhecidos pelo 3º ano sucessivo em evento bravo pelo IXL Center, instituição norte-americana sediada em Cambridge, que é referência em inovação.

“Ao subir da 33ª posição para a 9ª colocação no ranking das Campeãs da Inovação 2023, fomos reconhecidos uma vez que uma das 10 empresas mais inovadoras da região Sul do Brasil”, diz Reichert.

Transformar ideias em materiais

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Diante do rápido progresso de temas uma vez que IA e sentimento 3D no mercado, a FCC encontrou no protótipo de inovação colaborativa um caminho para estar sempre na vanguarda. Além das premiações, a iniciativa tem impulsionado também as cifras.

“A empresa vem crescendo muito e está se aproximando ao faturamento de R$ 1 bilhão, meta audaciosa, mas que tem uma tributo muito possante da inovação. Aproximadamente 15% do nosso resultado vem de produtos inovadores”, afirma Reichert.

Entre os principais produtos inovadores lançados nos últimos anos, se destacam a matéria-prima que permite a fabricação de solas de sapato 100% de fontes renováveis, e uma argamassa polimérica que substitui o cimento na construção social, reduzindo o potencial de aquecimento global em 10x, quando comparado com o método tradicional.

A ciência dos materiais, base do negócio da FCC, se traduz na geração de um conjunto de moléculas que se transformam em vedantes, adesivos, massas poliméricas, termoplásticos e revestimentos.

“É difícil encontrar um brasiliano que não tenha contato quotidiano com qualquer resultado nosso. Produzimos a capote de borracha das escovas de dente das principais marcas do mercado. Também temos peças em praticamente todos os carros fabricados em território pátrio, e fornecemos matérias primas para os 50 maiores fabricantes de calçados do Brasil”, diz Reichert.

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Método para inovar

Toda proposta de inovação vinda dos funcionários é separada em dois grandes grupos: inovação cultural – ou a geração de um envolvente propício para a geração de ideias – e inovação mercantil, com foco no lançamento de produtos.

A partir dessa premissa, as ideias são classificadas em três caixinhas. A primeira guarda as inovações do dia a dia, uma vez que pequenos ajustes nas fórmulas dos materiais. A segunda agrupa conceitos que podem chegar a substituir um resultado e aumentar o sucesso dos clientes, uma vez que a geração de itens que permitam redução de etapas ou que sejam sustentáveis. “Já na terceira caixinha, guardamos as ideias disruptivas, que tem potencial de terebrar novos mercados”, diz Reichert.

Incubadora de startups

Hoje, uma das principais fontes de inovação da FCC é a otimização do uso da sentimento 3D. O desenvolvimento é feito em uma das startups da incubadora da companhia, a Lebbre, que fica no mesmo campus fabril, mas opera de maneira independente.

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A start up tem uma vez que foco testar o uso de novas fórmulas nos componentes que alimentam as impressoras. O objetivo principal é atender às necessidades da indústria de calçados ao promover produtos mais macios e econômicos.

“Oferecemos desde o desenvolvimento de novos materiais até treinamento e o aluguel de impressoras. A teoria é contribuir para que cada cliente consiga produzir seus próprios itens”, diz Reichert. A procura pelo serviço só aumenta, e não é por casualidade. “Com o uso dos nossos métodos, o preço do resultado impresso fica até 20 vezes mais barato”, afirma o executivo.

Mais informações sobre os serviços da FCC podem ser acessados no site da companhia.

 


Finaças Brasil

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