Finanças

Gestão ativa ou ETF? Investidor de emergentes escolhe gestão passiva neste ano

Bloomberg — Fundos de índice (ETFs) agora dominam os fluxos financeiros para o turbulento segmento de ações de mercados emergentes neste ano, deixando de lado gestores de fundos com estratégia ativa.

Os ETFs, que têm gestão passiva, responderam por 88% das entradas de US$ 68 bilhões para fundos de ações de países em desenvolvimento no reunido do ano até 29 de junho, de conciliação com a EPFR Global, provedora de informações sobre alocação de ativos.

A preferência maior por ETFs ocorre em um momento em que gestores de fundos profissionais apresentam resultados cada vez aquém dos passivos para seus clientes.

Exclusivamente 23% dos gestores de ações superaram seus índices de referência em mercados emergentes no ano pretérito, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia e as sanções varreram o mercado acionário russo, inferior dos 37% em 2021 e 61% no ano anterior, segundo dados da Morningstar.

“A sabedoria convencional sobre os ETFs era a de que funcionavam muito em mercados grandes e muito regulamentados, mas, em mercados mais voláteis e arriscados, porquê o universo dos emergentes, você quer alguém mais seguro caso a ponte caia”, disse Cameron Brandt, diretor de pesquisa da EPFR.

“Os ETFs agora navegaram com sucesso em alguns períodos econômicos agitados”, explicou, e por isso investidores começam a se sentir “muito confortáveis” com esses produtos.

Desempenho

Para a Fiera Capital, tal qual fundo de mercados emergentes teve retorno de 22% e desempenho superior a 99% dos pares oriente ano, a razão para o aumento da participação de mercado dos ETFs é o suposto fracasso dos gestores ativos.

“Acho que 95% dos gestores de fundos de mercados emergentes passam má glória aos outros 5%”, disse Dominic Bokor-Ingram, gestor sênior de portfólio da empresa.

“O problema é que a maioria dos gestores de fundos de mercados emergentes investe em benchmark para cima ou para inferior, não agregam valor real e isso geralmente resulta em um desempenho ruim.”

Enquanto fundos que buscam replicar o desempenho de índices perderam 19,8% com ações de mercados emergentes no ano pretérito, gestores ativos tiveram desempenho um pouco pior, com baixa de 23,4%, mostraram dados da Morningstar.

Gestores de fundos ativos reconhecem que a negociação em mercados emergentes requer experiência para explorar peculiaridades regionais ou nacionais, e pode não ser para todos.

“O mercado de ações é impulsionado pelo sentimento das pessoas, não unicamente pelos fundamentos”, disse Wongmo Kang, crítico sênior de investimentos da Exome Asset Management, um hedge fund com sede em Novidade York.

“Não há porquê entender as pessoas, a cultura e o linguagem em todos os mercados emergentes.”

Oportunidade para gestão passiva

Ainda assim, investidores podem não estar atentos a uma questão. Alguns gestores de fundos ativos dizem que estão em melhor posição para velejar nos mercados em um envolvente onde os valuations estão em mínimas históricas em relação aos mercados desenvolvidos.

A AQR Capital Management, uma empresa de US$ 95 bilhões fundada pelo renomado investidor quantitativo Cliff Asness, disse que os spreads de valor em ações de mercados emergentes mostram uma oportunidade histórica para fundos ativos.

“Acreditamos que existam vantagens sistemáticas e repetíveis que podem ser capturadas em mercados emergentes”, disse Dan Villalon, codiretor do grupo de soluções de portfólio da companhia.

“Portanto, embora pensemos que, para muitos investidores, os ETFs de inferior dispêndio são uma boa maneira de acessar o beta do mercado, acreditamos que a gestão ativa, principalmente para investidores com viés de valor, é tão simpático quanto já vimos para ações emergentes.”

Outro argumento para uma gestão ativa é a diversificação geográfica, de conciliação com Jitania Kandhari, vice-diretora de investimentos e gerente de pesquisa macroeconômica para mercados emergentes do Morgan Stanley Investment Management.

O popular indicador de referência de mercados emergentes MSCI é fortemente propenso para o setentrião da Ásia: a China responde sozinha por 27% da ponderação do índice, seguida pelos 15% de Taiwan.

Com outras economias em rápido propagação, porquê Índia, Vietnã e Polônia, oferecendo retornos de ações mais altos, seguir as ponderações de referência pode levar a ganhos mais modestos.

“Acho que o caminho a seguir é investir ativamente nos mercados emergentes”, disse Kandhari. “Se você comprar uma estratégia passiva, ainda estará ponderado com a China porquê a maior” e não poderá apostar na narrativa de inauguração que virá de segmentos de mercados emergentes que excluem a China, explicou.

Finaças Brasil

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